Há tanto
mistério em torno do Chester Perdigão, que surgiram diversas teorias
mirabolantes para explicar que bicho é esse e de onde ele vem. Já falaram que a
ave é do Polo Norte, um cruzamento entre peru e pato ou ainda que não tem
cabeça. Seja por falta de informação ou para criar suspense, a verdade é que
não há nada de sobrenatural sobre a ave que faz parte do centro da mesa de
Natal da maioria dos brasileiros. Para tirar de vez essa história a limpo, a
Perdigão desvenda todos esses mitos.
Foto: Divulgação
Chester é a
ave norte-americana mais brasileira do mundo
A ave é tão
famosa e tradicional no Brasil, que muita gente pensa que foi naturalmente
criada em solo brasileiro, mas não. Os pais do Chester Perdigão foram trazidos
dos EUA para o Brasil em 1979, com o objetivo de criar um concorrente ao peru –
por isso tinha que ser uma ave muito especial. Depois de pouco tempo, cerca de
três anos, o produto já estava disponível para consumo e rapidamente se tornou
uma tradição nacional de Natal. E até o nome foi abrasileirado, pois Chester,
marca registrada da Perdigão, vem da palavra inglesa “chest”, que significa
peito (parte da ave com bastante carne).
Chester não
é um cruzamento alienígena
Chega de
mistério e origens sobrenaturais: o Chester Perdigão não tem nada de anormal ou
deformado. Quem garante é Rodrigo Torres, gerente de genética e inovação
agropecuária da BRF, detentora da marca Perdigão, que comercializa o produto.
Torres explica que o Chester é uma ave especial, da espécie Gallus Gallus,
selecionada ao longo dos anos para garantir um alto rendimento do peito, parte
mais nobre do animal.
Chester é
uma ave especial porque é produzida de forma diferente (e sim, tem cabeça)
A produção
do Chester Perdigão tem início nos meses de fevereiro e março para chegar à
mesa dos consumidores no Natal – é tanta preparação que algumas unidades da BRF
são destinadas especialmente para criação do animal. Além disso, todo o
ambiente é controlado para garantir as condições adequadas para o
desenvolvimento da ave nas suas várias etapas de vida. O especialista lembra
ainda que o Chester Perdigão é abatido com peso maior que o de outras aves, e
temperado de forma especial, o que garante sua popularidade em reuniões
familiares, principalmente nas festas de final de ano. Ou seja: nada de
“místico” envolve esse ciclo, e sim muito controle, cuidado e trabalho!
Chester não
é uma ave “maromba”
Há muita
especulação em torno da utilização de hormônios e anabolizantes para acelerar o
desenvolvimento de animais, principalmente o Chester Perdigão, que é uma ave
grande e com muita carne. Porém, não passam de teorias sem fundamento. “Não
administramos hormônios, é proibido por lei”, pontua Torres.
Chester é
maior pela soma da genética, alimentação e ambiente
A
alimentação é muito importante para o desenvolvimento adequado do animal e
qualidade do produto final. Não é diferente com o Chester Perdigão, só é
preciso um processo mais específico e direcionado. “O que garante o diferencial
e a qualidade é o longo processo de seleção das aves, a nutrição balanceada com
ingredientes de qualidade, e a criação em condições controladas, para assegurar
o bem-estar das aves e o perfeito desenvolvimento das características
apreciadas pelos consumidores”, finaliza Torres.
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