“Depende do
clima, da altitude, da espécie de pastagem, da forma de manejo, da raça do
gado, e, evidentemente, do saber fazer passado de geração a geração”. Foi atrás
dessas peculiaridades que o jornalista João Castanho Dias, percorreu o país
para mostrar, em primeira mão, os mais tradicionais queijos manufaturados por
pequenos produtores.
Foto: Reprodução
“Esses queijos se distinguem dos industrializados por serem oriundos de um trabalho artesanal, familiar, secular, que usa leite somente cru, não pasteurizado. Euclides da Cunha diria que é a tradução fisiológica de uma condição geográfica”, arrisca Castanho, que atua há mais de 30 anos no jornalismo rural, com onze livros publicados sobre os mais diversos assuntos da agropecuária brasileira.
“Esses queijos se distinguem dos industrializados por serem oriundos de um trabalho artesanal, familiar, secular, que usa leite somente cru, não pasteurizado. Euclides da Cunha diria que é a tradução fisiológica de uma condição geográfica”, arrisca Castanho, que atua há mais de 30 anos no jornalismo rural, com onze livros publicados sobre os mais diversos assuntos da agropecuária brasileira.
Para
escrever "Duas Unhas de Queijo" o autor pesquisou os queijos de Marajó, maior ilha fluvial-marítima
do mundo, produzidos exclusivamente com leite de búfalas. Ele apresenta ainda
os queijos da região do Seridó, interior do Rio Grande do Norte, cujos
produtores marcam suas peças com ferro quente, sendo essa uma tradição local
única no país. E também detalha os queijos artesanais (terroir) elaborados no
interior de Minas Gerais, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Recheada de
informações, curiosidades e belas fotografias, a publicação é a primeira sobre
a história dos queijos artesanais brasileiro. Além de mostrar a diversificada produção atual dos
queijos terroirs, a obra faz um resgate histórico desde o surgimento da iguaria
no país. O título do livro já é um resgate.
Duas unhas
de queijo era a ínfima porção de queijo, mais ou menos como duas azeitonas,
servida aos marujos nas caravelas portuguesas juntamente com um pedaço de carne
e meio copo de vinho durante a época do descobrimento.
A expressão
foi encontrada por João Castanho no relato de viagem de Manoel Rangel cuja nau
em que viajava naufragou no dia 22 de agosto de 1555. Ele e outros marujos
acabaram sendo resgatados mais de um ano depois em Cochim, nas Índias, em
janeiro de 1557.
Com formato
grande, capa dura e 208 páginas, Duas Unhas de Queijo conta com mais de 200
imagens coloridas, intercalando fotos atuais e ilustrações do passado e do
presente. A pesquisa foi possível graças ao patrocínio da Globalfood através do
incentivo da Lei Rouanet.
SERVIÇO:
Duas Unhas
de Queijo
Autor: João Castanho Dias
Autor: João Castanho Dias
Editora
Barleus
Preço: R$ 120
Preço: R$ 120
Lançamento: 08 de fevereiro, na Livraria da Vila
Rua
Fradique Coutinho, 915, a partir das 18h30
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