O nome Stroopwafel pode soar estranho, mas trata-se de uma
bolachinha bem especial e de receita secular. Sua origem data do final do
século 18, na cidade de Gouda (mesmo lugar que produz o queijo Gouda), na Holanda.
Stroopwafel (Foto: Reprodução)
Curiosamente fui apresentada à Stroopwafel numa das
minhas andanças por um supermercado (às vezes vou em busca de um determinado produto e
acabo dando uma garimpada geral). Olhando as gôndolas da padaria peguei aquele saquinho redondo,
com biscoitos escuros, pesados e perfumados. Pelo nome vi que eram típicos
holandeses. Trouxe-os para provar e achei muito interessante - parece que senti
o sabor de uma iguaria de outro século. Pesquisei a história e trago as
informações e a receita para dividir com os meus leitores.
O Stroopwafel, que em tradução simples significa
"waffle com calda", é composto por uma massa em formato de disco,
recheada por uma espessa calda. Ainda que existam diferentes receitas os
ingredientes básicos são: farinha, manteiga, açúcar, leite e ovos para a massa
que é assada em uma prensa aquecida de ambos os lados (prensa para waffles).
Depois de pronta, é aberta ao meio para ser recheada com a calda composta de
açúcar mascavo, manteiga e canela.
O doce guarda antigas tradições - as receitas são guardadas secretamente e passadas de geração em geração, há séculos. Pode ser
encontrado em diferentes tamanhos nas feiras livres da Holanda, onde é assado e
servido na hora.
A melhor maneira de degustá-lo é aquecendo na borda da xícara de
chá ou de café, bloqueando a saída dos vapores quentes. Assim, o caramelo do
recheio derrete e absorve um pouco do aroma do café. Eu provei ... fica mesmo irresistível.
Dados históricos podem nos dar uma ideia da sua origem: no
século XVIII, a Companhia Holandesa das Índias Orientais possuía importantes
rotas comerciais como a África do Sul, Caribe e Indonésia.
Foi a combinação de
especiarias vindas destas colônias que possibilitou a criação do Stroopwafel.
Do Caribe usou-se o açúcar mascavo e da Indonésia, a canela.
Há indícios da existência do biscoito, na cidade de Gouda,
desde 1784, quando um padeiro a preparava com sobras de biscoitos que eram
trituradas, amassadas e assadas para depois serem cortadas ao meio e recheadas
com um caramelo.
Por ser feito com sobras de materiais baratos tinha o
apelido de ‘biscoito dos pobres’. O Stroopwafel se popularizou pelo país e, no
final do século 18, feiras e festivais por toda Holanda passaram a produzi-lo.
Hoje a iguaria faz parte das tradições culinárias e se tornou um dos atrativos
gastronômicos para turistas que viajam àquele país.
STROOPWAFEL
Ingredientes para os waffles:
250 g de farinha de trigo
125 g de manteiga derretida
75 g de açúcar cristal
1 ovo grande
25 g de fermento seco para pão
1 colher (sopa) de água morna salgada
Ingredientes para o recheio (caramelo):
200 g de melado de cana
125 g de açúcar mascavo
100 g de manteiga derretida
1 colher (chá) de canela em pó
Modo de preparo:
Waffles:
Waffles:
Dissolva o fermento seco na água morna salgada. Misture na
farinha de trigo a manteiga, o açúcar, o ovo e por fim o fermento dissolvido.
Misture bem todos os ingredientes e deixe descansar de 30 a 60 minutos. Enrole
a massa e depois corte as bolinhas.
Coloque as bolinhas em uma grelha própria para fazer waffles
com temperatura bem alta e feche a grelha. Deixe assar por uns 30 segundos.
Abra a grelha para retirar o waffle. Arredonde-o com um cortador. Corte-o
cuidadosamente ao meio, em duas fatias fininhas, que deverão receber o recheio
de caramelo.
Recheio:
Derreta o açúcar mascavo na panela, coloque a manteiga, a
canela em pó e o melado. Mexa bem até dar um ponto de calda encorpada.
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