5.5.16

 O nome Stroopwafel pode soar estranho, mas trata-se de uma bolachinha bem especial e de receita secular. Sua origem data do final do sécu...

Stroopwafel - a bolacha de origem holandesa que guarda antigas tradições

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 O nome Stroopwafel pode soar estranho, mas trata-se de uma bolachinha bem especial e de receita secular. Sua origem data do final do século 18, na cidade de Gouda (mesmo lugar que produz o queijo Gouda), na Holanda.

                               Stroopwafel (Foto: Reprodução)

Curiosamente fui apresentada à Stroopwafel numa das minhas andanças por um supermercado (às vezes vou em busca de um determinado produto e acabo dando uma garimpada geral). Olhando as gôndolas da padaria peguei aquele saquinho redondo, com biscoitos escuros, pesados e perfumados. Pelo nome vi que eram típicos holandeses. Trouxe-os para provar e achei muito interessante - parece que senti o sabor de uma iguaria de outro século. Pesquisei a história e trago as informações e a receita para dividir com os meus leitores.

O Stroopwafel, que em tradução simples significa "waffle com calda", é composto por uma massa em formato de disco, recheada por uma espessa calda. Ainda que existam diferentes receitas os ingredientes básicos são: farinha, manteiga, açúcar, leite e ovos para a massa que é assada em uma prensa aquecida de ambos os lados (prensa para waffles). Depois de pronta, é aberta ao meio para ser recheada com a calda composta de açúcar mascavo, manteiga e canela. 
 
O doce guarda antigas tradições - as receitas são guardadas secretamente e passadas de geração em geração, há séculos. Pode ser encontrado em diferentes tamanhos nas feiras livres da Holanda, onde é assado e servido na hora. 

A melhor maneira de degustá-lo é aquecendo na borda da xícara de chá ou de café, bloqueando a saída dos vapores quentes. Assim, o caramelo do recheio derrete e absorve um pouco do aroma do café. Eu provei ... fica mesmo irresistível.

Dados históricos podem nos dar uma ideia da sua origem: no século XVIII, a Companhia Holandesa das Índias Orientais possuía importantes rotas comerciais como a África do Sul, Caribe e Indonésia. 

Foi a combinação de especiarias vindas destas colônias que possibilitou a criação do Stroopwafel. Do Caribe usou-se o açúcar mascavo e da Indonésia, a canela.


Há indícios da existência do biscoito, na cidade de Gouda, desde 1784, quando um padeiro a preparava com sobras de biscoitos que eram trituradas, amassadas e assadas para depois serem cortadas ao meio e recheadas com um caramelo.

Por ser feito com sobras de materiais baratos tinha o apelido de ‘biscoito dos pobres’. O Stroopwafel se popularizou pelo país e, no final do século 18, feiras e festivais por toda Holanda passaram a produzi-lo. Hoje a iguaria faz parte das tradições culinárias e se tornou um dos atrativos gastronômicos para turistas que viajam àquele país.

STROOPWAFEL 

Ingredientes para os waffles:

250 g de farinha de trigo
125 g de manteiga derretida
75 g de açúcar cristal
1 ovo grande
25 g de fermento seco para pão
1 colher (sopa) de água morna salgada

Ingredientes para o recheio (caramelo):

200 g de melado de cana
125 g de açúcar mascavo
100 g de manteiga derretida
1 colher (chá) de canela em pó

Modo de preparo:

Waffles:

Dissolva o fermento seco na água morna salgada. Misture na farinha de trigo a manteiga, o açúcar, o ovo e por fim o fermento dissolvido. Misture bem todos os ingredientes e deixe descansar de 30 a 60 minutos. Enrole a massa e depois corte as bolinhas.

Coloque as bolinhas em uma grelha própria para fazer waffles com temperatura bem alta e feche a grelha. Deixe assar por uns 30 segundos. Abra a grelha para retirar o waffle. Arredonde-o com um cortador. Corte-o cuidadosamente ao meio, em duas fatias fininhas, que deverão receber o recheio de caramelo.

Recheio:

Derreta o açúcar mascavo na panela, coloque a manteiga, a canela em pó e o melado. Mexa bem até dar um ponto de calda encorpada.

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