A recente pesquisa “Consumo equilibrado: uma nova percepção sobre o
açúcar”, realizada pelo Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia no âmbito da Campanha Doce
Equilíbrio, reforça o que diretrizes nutricionais já indicam no que diz
respeito a não “vilanização” de ingredientes e ao uso do açúcar dentro de um
estilo de vida saudável.
O açúcar tem papel fundamental como fornecedor e repositor de
energias, principalmente para pessoas ativas e é preciso ensinar o público como utilizá-lo de forma balanceada. A pesquisa teve
como objetivo identificar qual a persepção e a imagem sobre o consumo de açúcar
e, a partir daí, obter subsídios para a comunicação do açúcar e a orientação
nutricional da população.
Evento de lançamento da pesquisa "Consumo equilibrado: uma nova percepção sobre o açúçar" (Fotos: Goiabada de Marmelo)
De acordo com o Dr. Daniel Magnoni, cardiologista e chefe de nutrição do
Instituto Dante Pazzanese, o açúcar é considerado prejudicial porque a
população o enxerga isoladamente, se esquecendo de um componente importante, que é o estilo
de vida: “O ingrediente só é negativo quando ingerido em grande quantidade e somado
à uma vida de excessos, estresses e sedentarismo. De acordo com a Organização Mundial
da Saúde (OMS), até 10% das calorias totais diárias podem ser obtidas via açúcar”.
O preparador físico Marcio Atalla observa a recomendação da OMS para que
as pessoas sejam ativas. “Para adultos entre 18 e 64 anos é preciso pelo menos 150
minutos de atividade por semana, o que é aproximadamente 30 minutos por dia. Vale ressaltar que o
movimento está relacionado à medicina preventiva”, orienta Atalla.
Segundo o endocrinologista e responsável pelo Grupo de Obesidade e
Síndrome Metabólica do Hospital das Clínicas da USP, Dr. Marcio Mancini, o sedentarismo é um
dos principais fatores em relação ao estilo de vida da população e ao desenvolvimento de doenças,
como a obesidade. Os dados da pesquisa mostram que apenas 30% dos entrevistados praticam
atividades físicas. Apesar da taxa baixa, desse total, 67% ingerem açúcar e, dos que
consomem, a maioria mantem o peso adequado (73%).
“Esse índice mostra que o ingrediente não é a principal causa da
obesidade ou do sobrepeso, e sim um coadjuvante. Doenças como obesidade e diabetes são
multifatoriais, ou seja, podem ter diversas causas, sendo que nenhuma delas é o consumo isolado do açúcar.
No caso do diabetes, já sabemos que a sacarose não aumenta mais a glicemia do que outros
carboidratos quando ingerida em quantidade equivalente. Isto é, o açúcar pode ser inserido
em uma dieta saudável”, explica o endocrinologista.
A pesquisa mostra que 71% dos entrevistados consomem açúcar
habitualmente. Desse total, 46,5% utilizam o ingrediente de uma a três vezes na semana, sendo que a
preferência (85%) é pelo tipo branco.
“Existe um terrorismo nutricional. Pessoas buscando dietas restritivas e da moda, se esquecendo do prazer de comer e, principalmente, do saber se alimentar. Nenhum exagero é saudável, seja o consumo excessivo ou escasso de determinado ingrediente”, salienta Marcia Daskal, nutricionista e proprietária da Recomendo Assessoria em Nutrição.
“Existe um terrorismo nutricional. Pessoas buscando dietas restritivas e da moda, se esquecendo do prazer de comer e, principalmente, do saber se alimentar. Nenhum exagero é saudável, seja o consumo excessivo ou escasso de determinado ingrediente”, salienta Marcia Daskal, nutricionista e proprietária da Recomendo Assessoria em Nutrição.
Além disso, o Dr. Daniel Magnoni acredita que é preciso trabalhar os
conceitos de educação nutricional com a população e ensinar de que forma o açúcar pode ser
usado. Menos da metade dos entrevistados tem o costume de olhar os rótulos dos produtos (36%).
Desse contingente, 54% buscam informações sobre o açúcar especificamente. “Há um certo grau de dificuldade para diferenciar o açúcar adicionado com o presente nos alimentos. É muito importante trabalhar junto à população os conceitos de rotulagem e de consumo consciente”, salienta o especialista.
Desse contingente, 54% buscam informações sobre o açúcar especificamente. “Há um certo grau de dificuldade para diferenciar o açúcar adicionado com o presente nos alimentos. É muito importante trabalhar junto à população os conceitos de rotulagem e de consumo consciente”, salienta o especialista.
Ainda de acordo com a amostra, 88%
dos que consomem açúcar afirmaram utilizar o ingrediente no chá ou café, 61,5% no preparo
de sobremesas e bolos, 57% nos sucos e 42% no leite. Além disso, 46% afirma ingerir
doces (bolo, tortas etc) de uma a três vezes por semana e 26% todos os dias.
“Com esta pesquisa, tivemos mais uma comprovação de que o açúcar faz
parte da rotina do brasileiro de forma significativa. Muito tem se falado do ingrediente
como o vilão da saúde, fato que não se comprova. É preciso sempre lembrar do consumo equilibrado
que, uma vez colocado em prática, não traz nenhum risco”, finaliza o Dr. Magnoni.
Sobre a pesquisa: “Consumo equilibrado: uma nova percepção sobre o
açúcar”:
A pesquisa realizada pelo Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia para
a Campanha Doce Equilíbrio tem o objetivo de compreender os hábitos e comportamentos de
quem consome açúcar. Foram realizadas 1.199 entrevistas com homens e mulheres de 18 a
85 anos – pacientes do ambulatório do hospital e pertencentes às classes A, B e C – durante
os meses de setembro a dezembro de 2015.
Sobre a Campanha Doce Equilíbrio:
A Campanha Doce Equilíbrio é uma iniciativa da União da Indústria de
Cana-de-Açúcar (UNICA) para promover a informação sobre o equilíbrio na alimentação e estilo de
vida. Equalizando o debate sobre o açúcar como componente que pode e deve fazer parte de uma
vida saudável, a Campanha visa o bem-estar da sociedade.
O público pode acompanhar e participar interativamente dos conteúdos relacionados ao universo do açúcar nas redes sociais.
O público pode acompanhar e participar interativamente dos conteúdos relacionados ao universo do açúcar nas redes sociais.
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