No meio do
expediente ou entre as refeições é comum sentir aquela vontade de consumir um
docinho, seja uma bala, chocolate, doce de leite ou uma trufa. Essa necessidade
do corpo é frequente, e a nutricionista do Hospital e Maternidade São
Cristóvão, Ana Paula Gonçalves da Silva, esclarece as dúvidas sobre o tema.
Foto: Pixabay/ free
Depois do
almoço é normal sentir vontade de comer doces, isso acontece porque os
alimentos mais pesados demoram a ser processados. “Também existe outra
explicação para essa necessidade. Assim que terminamos uma refeição pesada,
rica em carboidratos, muitos de nós temos o que chamamos de Hipoglicemia
Reativa, um estado de baixa de açúcar no sangue, consequência de uma liberação
excessiva de insulina. Quando isso acontece o cérebro aciona a necessidade de
glicose na corrente sanguínea e vem o desejo do famoso docinho” explica a
nutricionista.
Ana Paula
ressalta que a glicose é muito importante para o bom funcionamento do cérebro.
“Os doces quando consumidos em quantidades módicas não são vilões. O açúcar
também é chamado de alimento dos neurônios e por isso quando alguém precisa de
energia, o corpo “pede” açúcar, pois é o principal alimento do cérebro”, diz.
Além disso, a glicose dá uma sensação de prazer e felicidade e funciona como
uma defesa contra o estresse. “Isso ocorre porque ela mexe com
neurotransmissores, como a dopamina e a serotonina, ligados a esses
sentimentos”, completa a profissional.
Confira as
dicas da nutricionista para saciar essa vontade sem abrir mão da saúde:
Alimentos
estratégicos: “Alguns alimentos como: aveia, banana, maçã, canela,
castanha-do-pará e grãos em geral ajudam a diminuir a vontade de comer doces. O
consumo regular contribui para a redução da vontade de comer doces”.
Vá devagar:
“Se a pessoa tem o hábito de consumir diariamente doces, o ideal é ir
diminuindo aos poucos esse consumo, pois se parar totalmente pode ocorrer o
efeito rebote, ou seja, pode até conseguir manter a ausência dos doces por
alguns dias, porém, logo não aguentará mais e vai passar a comer mais doces do
que já comia”.
Faça
substituições no cardápio: “Ao invés de optar por sobremesas preparadas com
muito açúcar ou biscoitos industrializados, podemos consumir frutas frescas ou
secas após o almoço. Experimente uvas passas e tâmaras, pois elas possuem um
sabor mais adocicado”.
Não
resistiu? Substitua! “Por exemplo, quando a vontade de tomar sorvete for
grande, opte pelo picolé de frutas, pois os teores de açúcar e gordura são
menores quando comparados com as versões cremosas. Gelatinas e pudins light
também podem ser opções interessantes e nutritivas”.
Teste
outras opções para adoçar: “Quando preparamos uma sobremesa ou um bolo podemos
trocar o açúcar refinado por uma quantidade reduzida da versão mascavo, melado
de cana ou mel. Também pode-se usar frutas frescas ou secas para enriquecer o
sabor”.
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