Amigo, desce mais uma! Ela está na mesa do bar, no churrasco
com os amigos e até no sofá de casa. Tomar cerveja em garrafa de vidro é quase
uma preferência nacional, tanto pela estética quanto pela visão mercadológica,
já que o produto ganha maior destaque nas gôndolas nesse tipo de embalagem.
Mas, além da questão cultural, há também fatores técnicos que indicam vantagens
das garrafas de vidro.
Foto: Reprodução
O recipiente em que a cerveja é consumida pode influenciar
na percepção dos sabores, por exemplo. Apesar de o produto ser sempre o mesmo,
independentemente do tipo de embalagem, o processo de pasteurização e envase
muda de acordo com o material escolhido, podendo o líquido receber mais ou
menos CO₂ para garantir sua qualidade.
Para uma boa experiência, a cerveja precisa ter carbonatação
adequada. Nesse sentido, as garrafas de vidro têm maior resistência à pressão e
podem receber mais CO₂, o que faz com que o gosto da bebida seja levemente mais
acentuado. “Quando a carbonatação é perdida, o resultado é o pior possível,
pois a entrada de ar, que normalmente provoca oxidação da cerveja, é fatal. Nas
garrafas de vidro, o risco de perda de CO₂ pela tampinha é bem menor”, explica
Thomé Calmon, sócio da cervejaria pernambucana DeBron Bier.
Outra vantagem do vidro é a impermeabilidade do material,
que impede a entrada de oxigênio e evita reações químicas. “Ele mantém a
carbonatação e a vida útil da cerveja, sem falar que o vidro não passa sabor
para bebida, não tem nenhuma interação com o líquido”, diz Thomé.
Com a evolução das tecnologias de envase, as diferenças
entre tipos de embalagens têm ficado cada vez menores, mas na boca do freguês a
garrafa de vidro ainda é queridinha nacional. “Ela tem um apelo cultural muito
forte, sobretudo quando se trata de cerveja artesanal. Se o rótulo tiver um
design diferente ou uma tecnologia inovadora vai despertar a curiosidade. Uma
embalagem bonita agrega muito ao produto e estimula a escolha do consumidor”,
afirma Thomé, que apostou na tecnologia e adotou em todos os rótulos da DeBron
um modelo de garrafa que controla o colarinho da cerveja.
“Os clientes adoraram, é um sucesso. A tecnologia MyPour
desperta o interesse pelo design e ficamos muito felizes com o resultado”,
conta Thomé. A cervejaria fabrica atualmente seis variedades de cerveja e
pretende lançar mais quatro ainda em 2017, com destaque para uma Imperial Stout
envelhecida em barril de carvalho. Os rótulos podem ser encontrados em
Pernambuco, na Paraíba e no Ceará, mas há previsão de chegada em cidades do
sudeste do país até o final do ano.
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