Leite “longa vida” dura mais? O leite que nossos avós
consumiam no passado era mais saudável do que o leite vendido hoje em
mercados? A nutricionista e consultora
da Viva Lácteos, Ana Paula Del ´Arco desvenda os mitos e verdades por trás dos
dois tipos de leite.
Foto: Divulgação
O leite é o único
alimento pasteurizado.
Mito. O leite é o
alimento pasteurizado mais conhecido, mas também a cerveja e muitos sucos de
frutas passam por esse processo. O leite pasteurizado é aquele que geralmente
encontramos em saquinhos ou garrafas nos supermercados. Esse processo utiliza a
combinação de diferentes tempos e temperaturas no intuito de destruir os
microrganismos que podem causar infecções.
O leite “longa vida”
dura mais.
Verdade. O leite de caixinha ou leite longa vida, passa por
um processo de conservação com temperaturas superiores às da pasteurização,
conhecidos como UHT (Ultra High Temperature), ou seja, processo de temperaturas
muito altas, em torno de 130oC a 150oC por 3 a 5 segundos, por um menor período
de tempo. O leite de caixinha (longa vida) tem a validade de 4 meses em
embalagem fechada e até 3 dias após aberta, já o leite pasteurizado (leite de
saquinho) é de apenas 3 dias.
As embalagens
influenciam na durabilidade do leite.
Verdade. A embalagem é uma importante aliada na conservação
do leite. O tipo utilizado no leite longa vida é a embalagem cartonada, e
graças às diversas camadas protege o alimento do contato com a luz e com o
oxigênio, preservando a qualidade do leite.
É melhor tomar o
leite cru do que os outros tipos de leites para não perder as vitaminas.
Mito. As alterações sofridas pelo leite nos processos que
envolvem altas temperaturas são mínimas e não justificam o consumo de leite
cru, pois as vantagens de melhorar a qualidade do leite e evitar doenças
superam essas pequenas perdas. Importante destacar que com uma dieta
equilibrada, não acarreta prejuízos nutricionais.
Tanto o leite longa
vida quanto o pasteurizado sofrem grandes perdas de vitamina B12.
Mito. Segundo pesquisas* avaliou-se as possíveis perdas de
vitamina B12 no leite pasteurizado e no leite UHT (armazenado por 3 meses) e
não foram encontradas perdas significativas desta vitamina. Portanto, o leite
vendido permanece com sua importância expressiva na saúde.
O leite que nossos avós consumiam era mais saudável do que o
leite que bebemos atualmente.
Mito. O leite que nossos avós bebiam tinham uma quantidade
maior de microrganismos, que podiam causar doenças, e também passava pelo
processo de fervura doméstico, podendo sofrer algumas perdas. Ainda assim,
mesmo fervido, muitos dos quadros de diarreia e vômito, mais comuns na época de
nossos avós, tinham sua origem pelo consumo do leite in natura da época, que
apresentava grande quantidade de microrganismos causadores de infecções
alimentares.
O leite longa vida é
considerado comercialmente estéril.
Verdade. Isso significa que existe redução de 99,99% da
carga microbiana, garantindo uma excelente qualidade do leite, o que auxilia na
conservação prolongada.
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