O gergelim ou sésamo (como é conhecido no Oriente) é uma
sementinha oleaginosa de sabor marcante, usada há milênios no mundo oriental,
que se popularizou pela riqueza que agrega à culinária e pelos importantes nutrientes quem contém.
Foto: Reprodução
Cultivada há mais de seis mil anos, inúmeros relatos sobre os
benefícios do óleo de gergelim foram encontrados em antigos pergaminhos
egípcios. A produção, que a princípio era concentrada nos países do Oriente
Médio e Índia, hoje se estende a outras regiões tropicais e subtropicais da
Ásia, América, África e países mediterrâneos. As primeiras sementes chegaram ao
Brasil pelos portugueses, no século XVI, e seu principal polo de produção é a
região Nordeste.
O gergelim pertence à família das pedaliáceas (Sesamum
indicum) e pode chegar a medir aproximadamente dois metros de altura. É uma
planta que se adapta bem a climas quentes e tem safra é anual. As folhas largas
permitem uma rica fotossíntese e suas flores, em forma de sino, são claras, com
tons rosados, que crescem a partir do tronco.
Mas são os frutos que nos reservam a melhor surpresa -
cápsulas longas abrigam sementinhas
minúsculas e poderosas - o gergelim – que, dependendo da variedade da planta,
pode ser claro ou escuro. A espécie preta, mais forte, é usada no preparo do
gersal (mistura de gergelim tostado e sal), um dos temperos básicos da cozinha macrobiótica.
A semente clara, depois de tostada e moída, dá origem a uma
farinha que se transforma em tahine (pasta muito usada em receitas árabes).
Porém, o emprego das duas espécies na culinária é vasto - usado em pães,
biscoitos, granolas, pratos salgados e doces, enfim, uma infinidade de
variações. O consumo da folha é uma especialidade da culinária coreana.
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As sementes de gergelim são ricas em minerais, vitaminas,
fibras, contêm também um poderoso antioxidante e ajudam no controle do
colesterol. Os nutrientes da semente são melhores absorvidos se trituradas
antes do consumo.
Uma curiosidade cultural em torno do sésamo é a frase mágica
usada por Ali-Babá no conto “Ali Babá e os Quarenta Ladrões”, clássico da
literatura árabe, que faz parte da coleção de contos orientais “As Mil e Uma
Noites”. A obra produzida entre os séculos XIII e XVI foi transcrita pelo
orientalista francês Antoine Galland, em 1704, e se tornou popular no Ocidente.
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